13 novembro 2006

E se eu me deixasse de tretas e finalmente contasse ao mundo tudo o que sinto...


Se deixasse por momentos o sorriso e dissesse que também choro!
Se dissesse que é de ti que gosto... sem medo de ser ou não correspondida... sem medo que alguém possa ler e pensar... que pensem! que julguem! que condenem! Pouco importa a esta hora! O pior julgamento é o que faço a mim própria cuja condenação ao silencio me impede de realmente viver!
E se dissesse que também sinto saudade... de ti ... do passado... de quem já cá não está!
Seria Coragem? Desespero? Lamento? Determinação? Fraqueza? Impulso? Irresponsável?

Seria um post suicida? Ou o renascer?
Nada ficaria igual!
Se ao assumir os meus desejos e medos transformasse o mundo que me rodeia ... será que os desejos seriam os mesmos? Novos medos surgiriam?

Não! Não será hoje! Mas sinto que será em breve... não aguento muito mais!!!

2 comentários:

Pierrot disse...

Cara amiga Nani.
Acho que já te posso chamar amiga, ainda que internética...
Disseste no meu ultimo post, uma frase lapidar: "E não é do nada que nascemos?"

Pois bem, quando falas em ter coragem para assumir publicamente algo, tal é renascer. Talvez de uma forma demasiado abrupta, talvez de uma maneira com demasiados danos colaterais mas é renascer!

Não serei eu obviamente a sugerir-te o que fazeres pois não tenho esse direito nem tenho os dados todos para te poder afiançar que reputo algo como mais correcto ou errado, nem tão pouco me julgo um arauto da verdade e do correcto. Sou tão ou mais falivel do que tu.

Agora, o que te digo com verdade e propriedade é que a pior mordaça, aquela que mais nos fere e destroi é a que nos impomos a nós próprios.
Pior do que um passado que não vai embora, de um fantasma que perdura, é a incapacidade para gritarmos contra isso.

O que imaginas que aconteceria, é o que eu também acho que aconteceria, ou seja, a realização dos teus desejos transformavam o teu mundo e novos desejos surgiriam pois a nossa vida não é estanque. Não creio que seja por causa disso que te devas retrair.

Sugiro-te um meio termo. Se tens vontade de rasgar essa mordaça fa-lo directamente, na própria pessoa.
Nada daí para a frente será como dantes, mas duvido que seja para pior pois se resultar ficarás feliz e se não resultar, pelo menos pões termos a esse suplicio e enterras um fantasma...

Bjos de um Pierrot que pede que olhes para o que eu digo mas não para o que eu faço ;-)

Eugénio

Carla Yu disse...

Apetece-me fazer um copy/past deste teu post... Falta-me coragem...

Já nem escrevo nada, porque sinto que me vai sair uma coisa do género, e tenho medo de me revelar demais. Mas o que é que tenho a perder?

Vou pensar sobre isso.

Beijocas grandes